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Enfrentamento entre bandidos e PMs terminou com a morte de dançarino.

Armas de PMs de confronto em Copacabana estão sob custódia

Enfrentamento entre bandidos e PMs terminou com a morte de dançarino. Comando das UPPs nega que policiais tenham perseguido o rapaz.

As armas dos dez PMs da UPP do Pavão-Pavãozinho, em Copacabana, a Zona Sul do Rio, que participaram do confronto com criminosos na segunda-feira (21), noite em que Douglas Rafael da Silveira Pereira, de 26 anos, desapareceu, já estão sob custódia do comando da Unidade de Polícia Pacificadora. Como mostrou o Bom Dia Rio, a polícia quer descobrir de onde partiu o tiro que atingiu e matou o dançarino do programa “Esquenta”.

Os oito policiais que estavam na operação na comunidade também vão ser ouvidos no inquérito. O comandante das UPPs afirmou que houve o tiroteio, mas negou que os PMs tenham perseguido Douglas.

“Houve realmente um tiro muito intenso e como consequência disso os policiais recuaram, ou seja, não há relato por parte dos policiais de perseguição de quem quer que seja. Não é possível sequer ainda afirmar se há conexão entre a troca de tiros que houve na madrugada e a morte do DG”, disse Frederico Caldas, comandante das UPPs..

Douglas Rafael foi encontrado morto em uma creche, que fica na Ladeira San Roman, a principal via de acesso ao Pavão-Pavãozinho. Segundo as investigações, o corpo estava no pátio de um prédio que é cercado por muros de até dez metros de altura.

O delegado da Divisão de Homicídios e o delegado responsável pelo inquérito entraram na creche em busca de explicações sobre as circunstâncias da morte. Eles fizeram novas inspeções e estiveram no lugar onde DG foi encontrado caído, já morto. Ao sair da creche, o delegado confirmou que Douglas foi atingido com um tiro.

Laudo do IML
O laudo de exame de corpo de delito, conseguido com exclusividade pela TV Globo, esclareceu a causa da morte. O documento descreve uma ferida compatível com a provocada por um projétil de arma de fogo.

O tiro atingiu as costas de Douglas Rafael, perfurou o pulmão e saiu pelo braço direito. Douglas morreu de hemorragia decorrente da perfuração do pulmão. Segundo o laudo, Douglas também tinha várias escoriações no rosto, nos joelhos, cotovelos, nos punhos e no tórax. Mas, de acordo com informações do documento, o fígado, baço, pâncreas e rins não apresentavam sinais de violência, assim como as demais vísceras da cavidade abdominal.

“Pela descrição do laudo, ele tem escoriações que podem ser atribuídas a queda do corpo, principalmente na pericia durante a investigação isso mostra que ele caiu de bruços, justifica por exemplo um tiro que no eixo do corpo está de baixo pra cima, mas na verdade estaria de trás pra diante”, contou o professor de medicina legal, Talvane de Moraes.
Segundo a Polícia Civil, DG foi baleado quando tentava fugir de um tiroteio, pulando de uma laje para outra e caiu no interior da creche. De acordo com fontes da polícia, ele ainda ainda tentou se levantar, pois há marcas de sangue espalhadas no chão e na parede.

Segunda morte
A Polícia Militar abriu inquérito também para investigar a morte de Edilson da Silva Santos, de 27 anos. O morador conhecido como Matheus morreu com um tiro no rosto durante o protesto em Copacabana, na terça-feira. A mãe de criação de Edilson não conseguiu liberar o corpo no IML por não ser parente. A liberação só acontecerá depois de 72 horas. Ela disse que o filho tinha problemas psiquiátricos e era incapaz de faz mal a alguém.

“Acho que ele estava vendo, não tava participando, entendeu? Ele era calmo, pessoa calma, nunca brigou, todo mundo da comunidade gosta dele”, afirmou a mãe de criação.

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